Como surgiram os Hospitais que conhecemos hoje
Como surgiram os Hospitais que conhecemos hoje
O hospital foi uma criação da cristandade, na Europa Medieval e na Idade Média.
A palavra “hospital” se origina do baixo latim hospitale, que significa “lugar onde recebem pessoas que necessitam de cuidados, alojamento, hospedaria”.
Na Europa medieval havia grande sofrimento, uma proliferação de diversas moléstias que dizimavam populações.
À princípio, os hospedes eram quaisquer pessoas que precisassem de comida, conforto, um lugar para ficar, e não somente os doentes.
Vale lembrar que durante muito tempo se acreditava que qualquer tipo de doença fosse proveniente de um castigo divino, vindo disso o costume ,dos doentes procurarem as igrejas.
Nessas hospedarias, que já tomavam a conotação de um local de atendimento aos doentes, era muto comum existir uma capela, geralmente na área central do prédio, ou ainda ficavam ao lado de mosteiros ou catedrais, segundo recomendações dos concílios ecumênicos de Niceia e de Cartago.
Interessante que a palavra que originou a palavra Hospital era assemelhada a Hospício também, ou seja, hospitale e hospitiu.
O que vale dizer é que o Hospital que hoje conhecemos se originou exclusivamente do cristianismo, tendo se expandido para o resto do mundo.
Primeiros tipos de Atendimento Hospitalar:
- xenodochia (albergarias para os estrangeiros, os peregrinos, os viajantes e todos aqueles que, em trânsito ou viagem, necessitassem de alojamento);
- nosocomia (hospitais ou enfermarias que prestavam cuidados aos doentes ou enfermos);
- gerontochia (estabelecimentos geriátrico ou, pelo menos, destinados ao acolhimento de idosos);
- ptochia (hospícios ou albergues para os pobres);
- lobotrophia (locais destinados aos leprosos ou doentes pestiferados);
- orphanotrophia (orfanatos);
- brephotrophia (locais destinados a receber e a criar as crianças abandonadas ou sem família).
Não havia uma distinção entre o cuidado do corpo e o cuidado da alma, segundo o conceito cristão da época a doença o sofrimento e a pobreza eram decorrentes da vontade divina e a assistência prestada seria uma virtude cristã.
Em Paris o Hospital chamava-se Hôtel-Dieu (em 1626), e tinha apenas um médico para 2 mil doentes.
Em 1750, uma em cada criança francesa morria antes dos 15 anos.
Em 1776 estimava-se que a população do Brasil era de cerca de 2 milhões de habitantes.
Em 1783 foi instituída a “Casa da Roda”, que consistia em uma roda que era deixada em conventos, que ficava na parede externa, consistindo em uma passagem por onde alguém anonimamente poderia deixar um bebê e girando a roda este bebê seria passado para o lado interior do convento onde seria abrigado e encaminhado a uma família.
Essa iniciativa diminuiu o numero de infanticídios na época e foi muito utilizada no Brasil.
O Primeiro hospital do Brasil é a Santa Casa de Santos, do Estado de São Paulo, que foi inaugurado em 1° de novembro 1543. A construção teve início em 1542, por iniciativa do português Braz Cubas, líder do povoado do porto de São Vicente, posteriormente Vila de Santos.
Os hospitais progrediram muito assim como a ciência, mas os doentes ainda precisam de ajuda e de conforto para os seus corpos e suas almas, assim sendo a figura do Capelão é do que visita e presta solidariedade aos doentes.
A medicina reconhece a importância da assistência espiritual aos doentes e no Brasil temos a liberdade de prestar assistência religiosa, assegurada em nossa constituição.
O recomendável apenas é de que quem deseja prestar este tipo de atendimento faça um curso de especialização para aprender mais sobre este trabalho cristão tão necessário em nossos dias.